sábado, 20 de abril de 2013

Paris - NOTRE DAME - 04-04-2013

      Desta vez viajamos por 14 dias, sendo sete na Itália e sete na França. Devido ao tempo escasso optamos por permanecer mais tempo nas capitais, com poucas saídas para as cidades do interior. 
     Começamos pela Itália, mas meu primeiro post será sobre a bela Paris. Bela, porém cheia de problemas, assim como a maioria das grandes capitais do mundo. Pode até ter sido a minha impressão, mas foi uma impressão forte o suficiente para que eu não me encantasse com Paris, talvez por esperar mais, muito mais! Como aspecto negativo ressalto o clima de insegurança que existe ao se andar por Paris, principalmente quando se "abandona" as grandes avenidas e se opta por ruas menores". Mesmo nos pontos turísticos mais movimentados a insegurança é frequente. Quase fomos assaltados em Montmartre, nas escadarias da Sacré Couer. Chegamos à famosa Torre Eiffel por um lado que estava tão abandonado que nos fez sentir, como turistas, que os Parisienses não ligam a mínima para nós. Tudo bem que, no dia seguinte, ao chegar ao mesmo local pelo Trocadero, a impressão foi outra, porém a primeira impressão permaneceu na memória. Não se pode negar, todavia, que Paris tem belíssimos pontos turísticos, além de ruas lindíssimas e um eficiente sistema de transporte público que te leva para todos os lados e te deixa muito próximo aos principais pontos de visitação.
     Chegamos a Paris em um vôo da Easy-jet proveniente de Veneza, Itália, o qual pousou no aeroporto Charles de Gaulle por volta das 23h e, naquele imenso aeroporto, até sairmos do avião e pegarmos a bagagem, já eram 23 h 30 min. O último trem (que no próprio site http://www.ratp.fr/ marcava como última viagem às 23h56), por motivos que não souberam nos explicar, saiu às 23h. Só depois de chegarmos ao Brasil é que achei um post, num outro blog (ótimo para pegarmos informações sobre Paris), com explicações sobre a situação das linhas em reforma e com horários limitados. Vejam só: Blog Conexão Paris.
       Assim, optamos por irmos de táxi até o hotel Ibis Style, defronte a estação de trens Gare du Nord. Pagamos 60 euros (52 a viagem até o hotel, 3 pelas bagagens e 5 euros de gorjeta pelo ótimo serviço). Acredito ser a melhor opção quando se chega a Paris, principalmente quando se chega à noite. O taxista foi educadíssimo e muito eficiente, atencioso e educado, o francês mais educado que encontramos por lá, não sei se foi falta de sorte, mas não encontramos muitos franceses educados ou dispostos a falar em inglês conosco (tirando os atendentes de lojas como "Starbucks", dos hotéis, locação de carros, empresas aéreas... mas com esses é óbvio que seria assim, né?). Mesmo ele não falando nada em inglês e nós muito pouco em Francês, conseguimos nos comunicar da melhor maneira possível. A primeira impressão quando saímos do aeroporto com o táxi foi muito boa, impressão de uma cidade limpa e organizada, o que não deixa de sê-la, em razão do seu tamanho e população. Se tivéssemos pego o trem, gastaríamos aproximadamente 10 euros cada um com passagem. Como estávamos em três o táxi não foi tão caro.
     No dia seguinte, apesar do cansaço, (estávamos ainda cansados por termos ficados praticamente 24h sem dormir no dia anterior), saímos logo cedo para o nosso primeiro dia em Paris. Nesse primeiro dia visitamos a "Basílica de Notre Dame".

     Para chegar à basílica de Notre Dame de onde estávamos, próximo à estação "GARE DU NORD", a pé, são mais ou menos 3 km e  pelo RER devemos pegar a linha B (azul) para SAINT MICHEL-NOTRE DAME. A "GARE DU NORD" é uma estação da SNCF, imensa, de onde saem o  Metro de Paris e o RER  e que, de acordo com informações obtidas pela internet, atinge cerca de 180 milhões de passageiros por ano e faz destinos internacionais como Reino Unido, Bélgica, países baixos. (Fonte Wikipedia)

     Nós fomos a pé, munidos de muita roupa (pois estava um frio terrível), câmera e mapa nas mãos. Totalmente identificados como turistas, imaginando que passearíamos pelas belas ruas de Paris! Num pequeno erro de interpretação do mapa, desviamos de uma das ruas principais e acabamos passando por  uma rua horrível, cheia de desocupados e prostitutas. Primeira decepção. Sabemos que isso existe em todo lugar, mas não imaginávamos ser tão evidente assim num local tão próximo a pontos turísticos tão conhecidos. Enfim, chegamos à Notre Dame, a esplêndida Catedral de Notre Dame.
   

     NOTRE DAME - 04-04-2013



 


     Como chegar:
mapa do RER e do Metro



RER - Linha B (azul)
           Linha C (amarela)

Metro - Linha 4 (Cité)
             Linha 1 e 11 (Hôtel de Ville)


     Um pouco de história:  diz-se que Paris foi fundada pelos Gauleses que criaram um pequeno centro econômico às margens do Sena com o nome de Lutetia ou Lutécia em Português. Devido às várias ameaças de invasões bárbaras, esse núcleo se transferiu para a Île-de-la-cité, centro da vida pública e núcleo civil e religioso desde o século III, sendo também o local de construção da linda Catedral de Notre Dame.
     Em 1163 o bispo Maurice de Sully inicia a construção do coro e com o passar dos anos as naves e a fachada, cuja construção terminou em torno de 1200 pelo bispo Eudes de Sully e suas torres  foram terminadas somente em 1245. Mas sua construção pode ser considerada terminada mesmo em 1345.
     Em 1793 essa esplêndida Catedral correu o risco de ser destruída, durante a revolução. Porém, em 1802, foi consagrada novamente a tempo de presenciar a coroação de Napoleão em 1804 pelo Papa Pio VII.
     De 1844 até 1864 foi restaurada por Eugène Emmanuel Viollet-le-Duc, arquiteto especializado em restauração de edifícios medievais, mas em 1871, corria o risco novamente de ser destruída, desta vez por um incêndio.

ROSETA SUL da Catedral de Notre Dame realizada por volta de 1260 e restaurada no séc XVIII.
São 84 medalhões dispostos em 4 círculos onde estão representados os 12 apóstolos, bispos, mártires, anjos e algumas cenas bíblicas. No centro, Cristo em  atitude de benção. Nos ângulos inferiores, há 6 medalhões que representam a descida ao Limbo e à Ressurreição.

     Passado o susto com alguns lugares meio "mal frequentados", nesse mesmo dia, passamos por outros lugares lindíssimos, um deles é pelo  "Centro dos monumentos nacionais" onde estão, lado a lado a La Conciergerie e Sainte-Chapelle.
   
     Mais um pouco de História:  





      La Conciergerie - Lindo edifício situado à beira do Sena que nos remonta à época de Felipe o Belo,  no século XIII e princípio do século XIV. Desde o século XVI foi a prisão do estado, local onde os prisioneiros esperavam subir à guilhotina. O mesmo prédio do "Palais de Justice" e da "Sainte Chapelle".

     Palais de Justice - Do outro lado, no setor ocidental está o Palácio da Justiça, local por onde passaram os 2600 condenados à guilhotina durante o "período do terror".

    Sainte Chapelle - Do pátio do Palácio da Justiça, por uma galeria abobadada, chega-se à Sainte-Chapelle. Capela gótica construída no século XIII por Luís IX (São Luís) para servir de capela do palácio real que hoje sumiu completamente, dando lugar ao Palácio da Justiça.


















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