Cidades visitadas na Espanha



MADRID


No dia 27 de janeiro de 2011 saímos às 9 horas da manhã num vôo de Lisboa que chegou a Madrid às 11 horas, um vôo muito tranqüilo pela empresa "Air France", econômico, mas confortável. Ao chegar em Madrid nossa primeira impressão já no aeroporto foi um tanto quanto “ruim”, ou hoje posso até dizer, engraçada. Ao subirmos a escada rolante do aeroporto para buscarmos nossas malas (estávamos em férias e num ritmo lento, ritmo de férias), "tomamos conta" da escada rolante conversando e aguardando a subida, até que escutamos um “bamos” vamos, vamos... muito grosseiro, quase que nos empurrando: era para que deixássemos o lado direito da escada livre para os que estivessem com mais pressa passar. E assim é, em toda Espanha. Mas a impressão ruim passou, pois tirando um e outro, (como em qualquer lugar do mundo) eles são muito organizados, o sistema de transportes muito eficiente, muito boa comida, enfim, gostamos muito!
      Ficamos quatro dias em Madrid, no primeiro dia 27.01, saímos em visita às ruas centrais da cidade e visitamos a "Gran Via” e seu entorno. Ir à Gran Vía é quase que obrigatório ao se visitar Madrid, pois é o coração do lazer na capital espanhola. Os Cinemas, os teatros e os restaurantes se misturam. Pra quem gosta de fazer compras, existe a loja “El Corte Inglês”, uma loja de departamentos com tudo o que você imagina, todas as marcas que você pode querer comprar e muitas “coisinhas” que você com certeza vai “precisar”, se nele entrar.  Em Madrid, um dos “El Corte Inglês” tem uns 9 andares de compras!




  Para andar de metrô (METRO MADRI) é muito fácil, você pode comprar o bilhete para viajar em toda a rede metro da Comunidade de Madrid, de qualquer forma, em qualquer dia da semana. Compra-se na bilheteria ou nas máquinas de venda automática. Há o bilhete: “Billete Sencillo Combinado Metro”  que é o bilhete simples para 1 viagem somente e custa 2€, e o bilhete: “Billete Combinado 10 viajes” que custa 15€ e serve, obviamente, para 10 viagens.
      No segundo dia, 28.01, quinta-feira, desde o hotel até a “Plaza Mayor” que é um dos pontos turísticos mais conhecidos da cidade, fizemos um passeio maravilhoso (vocês percebem o quanto utilizo a palavra maravilhoso?), mas como ia dizendo, o passeio até à “Plaza Mayor” é um presente com as suas esplanadas, os seus vendedores ambulantes, seus artistas de rua... Mandaram-nos tomar cuidado com os carteiristas, mas não tivemos nenhum problema desse tipo ( a não ser os preços nas cafeterias que, na Plaza Mayor são bem mais salgados), Tirando isso, esse é um local que deve ser visitado. 


Plaza Mayor

      Não posso esquecer de dizer que em Madrid sempre se come muito bem. Já que os hábitos alimentares dos madrilenhos são diferentes dos nossos (eles almoçam em torno de 15 horas, e antes disso, dificilmente se encontra um lugar para almoçar), e se você, depois de muito passear por Madrid, estiver com fome antes das 15 horas, com certeza irá encontrar muitos locais para se dar uma "tapeada" na fome, pois há muitos bares que servem "TAPAS". "Tapas" são uma variedade de petiscos, aperitivos, frios e lanches da culinária espanhola, servidos geralmente no balcão e que quebram o nosso galho durante os passeios. Um dos lugares onde eu mais gostei de "tapear", foi no "Mercado San Miguel"


Fachada do Mercado
Dando uma "tapeada" no Mercado San Miguel










    Saímos da Plaza Mayor e fomos ao local mais esperado por nós. Visitamos o "Palácio Real de Madrid", também denominado de "Palácio de Oriente". Gente, esse Palácio tem 4318 quartos, é o maior palácio real da Europa. 4318 quartos? É a residência oficial do Rei da Espanha. Do outro lado do palácio, estão os "Jardins de Sabatini" (Sabatini é o nome da pessoa que o criou). O Jardim fica situado na parte Norte do Palácio (tem que dar uma super volta pra ir visitá-lo, mas vale a pena), nele existe um pequeno labirinto de cerca viva e uma fonte ao centro. É um bom local para  quem quer tirar belas fotografias. Em frente ao palácio, tem algumas cafeterias, um local muito gostoso para se sentar, apreciar a vista e jogar conversa fora.


Palácio Real

Jardins de Sabatini e Palácio Real ao fundo

     No terceiro dia, 29.01, saímos estilo mochileiros e andamos muito. Passamos pelo Estádio “Santiago Bernabéu”, o estádio do Real Madri. A visita guiada na época custava em torno de 30€ por pessoa. Fomos até o “Paseo del Prado”, passeamos pelas ruas de Madri e enfim visitamos o “Museo Del Prado". Ouvimos o conselho de um colega que nos indicou entrar à noite no museu, pois de terça a sábado, das 18h às 20h e de domingo, das 17h às 20h é gratuito. Isso é verdade, mas nos arrependemos, pois se você realmente se interessa em conhecer o museu com calma, gosta de observar as maravilhosas obras de arte, (que entre os seus artistas de renome tem, REMBRANT, EL GRECO, GOYA...) e não quer enfrentar uma imensa fila para pegar os ingressos e outra para entrar no museu, então compre antes (que custa em torno de 7€) e visite o museu durante o dia com mais tempo, vale muito a pena! E mesmo num dia só, não dá tempo de ver tudo. Nós saímos de lá as 20h com a sensação decepcionante de que faltava alguma coisa, e  realmente faltavam muitas obras de arte para serem vistas, conhecidas e admiradas ainda!
      Continuamos em Madrid e no dia seguinte partiríamos para Segóvia.


Museu do Prado


Ah! Te extraño, Madrid!


SEGÓVIA


      Locamos todos os carros que utilizamos nessa viagem, quando estávamos ainda no Brasil, pela internet, através da "Europcar" www.europcar.com _ o preço sai bem mais em conta, você tem mais condições de negociação, e ainda se eles não têm o carro que você locou, providenciam um carro melhor (foi o que aconteceu conosco). O dia amanheceu muito frio em Madrid, com probabilidade de geada e neve em Segóvia. Ao sair do hotel já percebemos o quanto frio seria o dia e no caminho, nos deparamos com muita neve. Esse caminho entre Madrid e Segóvia é lindo! As montanhas nevadas emolduram a paisagem, e o carro possuía aquecimento nos bancos, então, a viagem foi sensacional! Saíamos do carro toda hora para tirar fotos, pois como já disse, a paisagem era maravilhosa.
Caminho entre Madrid e Segóvia

Caminho entre Madrid e Segóvia

Caminho entre Madrid e Segóvia


      Chegamos a Segóvia antes do almoço, paramos num estacionamento próximo ao "Aqueduto de Segóvia", (que fora construído pelos imperadores romanos, Vespasiano e Trajano nos séculos I e II).
         O "Aqueduto de Segóvia" é uma maravilha do Império Romano, a parte restante do aqueduto tem 29 metros de altura, 728 metros de longitude total, 167 arcos (79 singelos e 88 dobrados). 
        Passamos no "Centro de informações ao turista" para melhor nos informarmos dos horários de visita ao "Alcázar de Segóvia" e outros locais que gostaríamos de visitar. Ao sairmos de lá, fomos surpreendidos por uma leve nevasca e até tivemos que comprar umas capinhas ridículas, porém de muita serventia para o passeio na cidade, porque a partir dali daquele ponto, o passeio seria à pé, observem nas fotos abaixo:

Aqueduto

ao fundo Catedral de Segóvia

Aqueduto
     Subimos as estreitas ruas de pedras de Segóvia encantados com a arquitetura, com as charmosas lojinhas e o jeito pacato e meio medieval daquela cidadezinha. Adoro história, arte e arquitetura e me encanto com os detalhes das portas e janelas ainda preservados que encontramos pela Europa. Subimos rumo ao Alcázar, mas antes paramos no meio do caminho, na "Plaza Mayor" para conhecer a "Catedral de Santa Maria de Segóvia" uma catedral gótica construída no século XVI. 
     Chegando próximo ao "Alcázar" pudemos observar as suas torres e a sua posição no alto do morro  que, como já havia lido em algum lugar: "formam a imagem perfeita de um conto de fadas", o que é a pura verdade! A nevasca já estava bem mais forte, que frio! Enquanto meu marido pegava os bilhetes (em torno de 7 euros), nós esquentávamos as mãos lá dentro num aquecedor próprio para isso. Eu nem queria sair de lá. O Alcázar é maravilhoso! É um palácio fortificado em pedra, localizado na cidade velha de Segóvia.  Foi erguido em posição dominante sobre um penhasco rochoso, é um dos mais distintos castelos-palácios da Espanha em virtude da sua forma como a proa de um navio. De novo: Conto de fadas!




      Dentro do "Alcázar" tem várias coisas que me chamaram a atenção, mas esse mural abaixo realmente me intrigou, principalmente o olhar do garotinho da foto. Gostaria de saber o porquê do vazio nesses olhares... Nessa pintura estavam retratados os "mouros", (muçulmanos ou árabes) que invadiram a Península Ibérica (atualmente Portugal e Espanha) e a ocuparam durante quase oito séculos. (atual tema de meus estudos históricos). É do artista segoviano Carlos Muñoz de Pablos.


       E assim eu encerro sobre Segóvia. Mas se pudesse, ficaria aqui por toda a noite falando sobre o Alcázar... as ruas... os restaurantes... as cafeterias... a arquitetuta... a história...


ZARAGOZA


 Dia de ir para Barcelona!! Saímos cedo pois passaríamos em Zaragoza. Nossa intenção era ir de trem, são apenas 2h e 40 min, mas deixamos para comprar os bilhetes na última hora,  por isso não encontramos mais bilhetes para nós, que estávamos em 4 pessoas. A solução foi novamente a locação de um carro pela "Europcar" www.europcar.com . A nossa dica é: não deixe para comprar os bilhetes de trem lá, comprem antes, pela internet, com bastante antecedência, pois nem sempre é possível encontrar os bilhetes na hora e também porque as passagens mais em conta são disponibilizadas antes e acabam rápido! Vejam: _ www.renfe.com _ De acordo com as informações coletadas no site, por dia são 17 trens que partem de Madrid para Barcelona e vice e versa; destes 17, somente 7 são diretos, os outros fazem algumas paradas no caminho. Os trens que fazem a viagem noturna são mais baratos, mas a viagem dura 9 horas, não é o de alta velocidade e possui leitos também. 

Estação de trens Atocha
     Saímos de Madrid em torno de 9h da manhã, e por causa das paradas no meio do caminho para tirar fotos, chegamos a Zaragoza em torno de 3h da tarde. Em Madrid não estava tão frio, mas em Zaragoza, quando chegamos, oh, meu Deus!! Eu quase morri de frio!! Visitamos a "Catedral-Basílica de Nossa Senhora do Pilar", que é o maior templo barroco da Espanha. Essa basílica tem esse nome pois, de acordo com a lenda, esse foi o local no qual a Nossa Senhora apareceu ao apóstolo Tiago, em cima de um pilar enquanto este pregava aos povos da península ibérica. (fonte wikipédia )
     A catedral fica na "Plaza de las catedrales",  onde além das pinturas de "Goya" existe também suas esculturas com uma fonte ao fundo.
Catedral Nossa Senhora do Pilar





                                                         
esculturas de Goya                  














 

                                                         BARCELONA



     Como passar pela Europa e não conhecer Barcelona? Me surpreendi quando fui informada que muitas pessoas que compram pacotes para a Europa, não incluem a Espanha. É uma pena, pois Barcelona e Madri são cidades impossíveis de serem ignoradas.  
Barcelona é a maior cidade e capital da comunidade autônoma da Catalunha, no nordeste da Espanha; É a segunda maior cidade da Espanha, depois de Madrid. Chegamos à noite em Barcelona após termos jantado no caminho entre Zaragoza e Barcelona. No dia seguinte, acordamos em um dos dias mais quentes de todos que passamos desde à chegada à Europa. Saímos cedo rumo ao "Passeig de Gràcia", a avenida mais linda e chique da cidadee aproveitamos  para visitar as duas casas criadas por Gaudí: "La Pedrera e Batlló".
La Pedrera















   Podemos continuar a partir dali  e ir direto ao templo expiatório da  "Sagrada Família", a obra prima de Gaudí , que ainda está em construção. (Desde 1882 ). Antoni Gaudí assumiu a obra deste templo em 1883 e dedicou os últimos 40 anos de sua vida a este projeto, porém, até hoje ela não foi concluída.




     Opções não faltam para almoçarmos no entorno do templo, pois no local existem  muitos restaurantes e lanchonetes para quem quer almoçar ou simplesmente "tapear" (para quem não sabe, vejam na página de Madrid o que falo sobre "Tapas"). Há opções para todos os bolsos e gostos. Almoçamos muito bem. A tarde fomos conhecer o "Parc Güell", desenhado também pelo arquiteto Antoni Gaudí, por encomenda do empresário Eusebi Güell.  Nesse parque fica situada a casa-museu Gaudí, que foi a casa que Gaudí morou de 1906 até 1925, pouco tempo antes de seu falecimento, pois, em seus últimos dias, fez de sua moradia a oficina da "Sagrada Família". Antoni Gaudí morreu atropelado em 1926.  
Prepare-se para voltar bem tarde dos passeios. No inverno, com a temperatura de 0° (ou menos), é melhor sair e ficar até mais tarde, do que voltar para o hotel para sair depois novamente. Depois   de entrar no quarto, com todo esse frio, é perigoso faltar coragem para sair novamente.

  












Para vocês conhecerem ou pegarem mais algumas dicas sobre os restaurantes (senão vou ficar escrevendo demais aqui), alguns conhecemos, outros não, dêem uma olhadinha nesta lista:
 http://viajeaqui.abril.com.br/blog/achados/top-20-barcelona-os-melhores-restaurantes/

    No segundo dia de Barcelona fomos visitar nossos amigos mineiros, mas já com alma "barcelonense".  Combinamos de ir buscar nossa querida amiga catalã em sua casa,  mas nos esquecemos do seu endereço no hotel e não poderíamos voltar, resolvemos então nos virar da melhor maneira posssível para achar a sua casa. Como um de nós já havia estado lá e nós mais ou menos nos lembrávamos do nome da rua e em qual estação descer, já estava mais fácil, porém, tivemos a sorte de encontrar, na saída do metrô, uma típica senhorinha catalã muito educada e simpática, que nos entendeu e nos atendeu prontamente, nos levando até o prédio de nossos amigos. Saímos de lá em torno de 11 horas da manhã e fomos a pé, por opção, até "Montjuic". Que lugar maravilhoso! Esse nome, "Montjuic", vem de um cemitério judaico da idade média, e hoje é um monte com uma das mais espetaculares vistas da cidade e do mar mediterrâneo. Lá em cima, além da vista, tem: o "Museu de Arte da Catalunha", a "Fundação Joan Miró, o "Teatro Grego", o "Castell de Montjuic" entre outras atrações.












   No terceiro dia, logo após o café, descemos e passamos pelas "Las Ramblas" na praça da Catalunha, ruas muito animadas, cheias de vendedores ambulantes, floriculturas, artistas de rua (mímicos, dançarinos). Passamos pela "La Rambla de Mar", onde hoje está o shopping Maremàgnun (construído nos anos 90), você pode ficar ali por horas a fio ouvindo todo o tipo de línguas possíveis, uma espécie de "torre de babel" rsrs. Passamos o dia por ali e a noite fomos conhecer o famoso: "El bosque de les fades", um bar de conto de fadas literalmente. Que bar INCRÍVEL! Parece que você está numa gruta, no meio de um bosque mesmo, é mágico! São árvores que se fundem com as fontes, com as fadinhas. Vale muito a  pena conhecer esse lugar mágico!!
















     E encerramos aqui nossos dias maravilhosos em Portugal e Espanha. Logo colocarei aqui dicas de outras viagens interessantes aqui pelo Brasil e também  Itália, França, Argentina. 

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